domingo, 24 de julho de 2011

O que aprendemos com desenho animado

Até hoje, eu ainda assisto muito desenho animado, programas e filmes infantis, pois alguns ainda me divertem. As crianças ainda estão passando por uma formação moral e ética, que será constituída por exemplos dados pela família, amigos e, infelizmente, pelo que eles assistem  na televisão. A influencia dos meios de comunicação sobre as pessoas hoje é praticamente inevitável. Uns mais, outros menos, mas todos somos vítimas dos ideais transmitidos pela mídia. E os pequeninos, geralmente, são as maiores vítimas.
Entre os desenhos que as crianças brasileiras mais gostam, encontramos o Pica-Pau. O ideal de vida dele é comer bem, morar tranquilamente, picar a madeira alheia, doa a quem doer e, ter tudo isso, sem o menor esforço, sem ter que trabalhar. O Pica-Pau é um grande propagador da Gula e da Preguiça! E se alguém se meter no seu caminho, ele não medirá esforços para, pelos meios mais inescrupulosos, livrar-se dos seus problemas ou dos seus inimigos.
Em um dos episódios de uma versão mais recente de Pica-Pau, onde ele tem uma personalidade menos agressiva e perversa, se comparado as versões anteriores, ele demonstra claramente os seus princípios e como ele os utiliza.



Apenas nesse episódio, as crianças aprenderam coisas ruins com o pica-pau:
  
Invasão de domicilio

Uma baratinha que sabe falar e que parece usar luvas brancas e óculos invade a casa de Pica-Pau e rouba sua comida na geladeira.

Falsa piedade

Pica-Pau chora lágrimas de crocodilo com o desabafo da baratinha que diz ser a vergonha da família para depois se aproveitar dela e conta uma mentira ao dizer que trabalhou duro para conseguir a casa na árvore.

Falso moralismo ou Hipocrisia

Pica-Pau, enquanto ajeita a baratinha, diz que ela precisa ter juízo e andar na linha (coisa que o hipócrita não faz), arrumar um emprego (coisa que o sacana não tem) e não procurar uma saída mais fácil para as coisas (essa última, definitivamente, é o avesso dos princípios de Pica-Pau). "Agora vai lá e valorize a sua sub-espécie".
 
Preguiça e indisposição

"Só de pensar em todo o trabalho que ele vai fazer eu já fico cansado". - Diz Pica-Pau ao bocejar e se espreguiçar no sofá.



Extorsão

A baratinha chamada Chester é obrigada (ou é expulsa da casa de acordo com a ameaça bem disfarçada por Pica-Pau) a pagar um monte de taxas inventadas por aquele pássaro ordinário, fazendo com que ela trabalhe apenas para pagar essas tarifas desnecessárias e abusivas.

Como ludibriar
 
Pra completar, Pica-Pau, com uma história de que a baratinha deveria investir em melhor condição de vida, ele vende uma casa que não é sua para Chester.

Nesse episódio, as crianças também devem ter aprendidos coisas boas com o Pica-Pau. Eu ainda não achei alguma mas, se vocês encontrarem, por favor, façam um comentário explicando.
Pica-Pau é dos personagens mais divertidos hoje, mas infelizmente, ele é divertido justamente por ser um dos personagens mais descarados da história do desenho animado. 

Poucas são as crianças que trocam Pica-Pau por Chaves. Esse programa mexicano tem um humor tão inocente, tão inocente, que até hoje eu espero o beijo do Professor Girafális com a Dona Florinda. Existe também um pouquinho de violência, bem leve e, na maioria das vezes em que acontece, é acidental e muito condenado pelos próprios personagens. 
Chaves é um humor sadio, sem duplo sentido, que costuma pregar os bons costumes, a ética, a moralidade, dando inúmeras lições de vida e que faz sucesso a mais de 30 anos, dando audiência a SBT até hoje. Meu filho vai assistir Chaves! E o seu?




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Um comentário:

  1. Realmente, o Pica-Pau é um bicho bem safado e sem escrúpulos. Além de ser bastante perverso, pois como você demonstrou no seu post, essa é uma versão mais nova do desenho, que diminui a ênfase nos defeitos dele, como por exemplo a violência.

    Na verdade, é um grande mal dos desenhos que foram criados nos últimos 10 anos, salvo raras excessões, o uso abusivo e contínuo de violência para atrair o publico infantil. apesar de estabelecer certos valores éticos, vistos em estilos como os animes japoneses (que são um pouco diferentes de desenhos animados), a violência vai contra a diversão sadia que deveria existir.

    Exemplos de bons desenhos animados ainda passam na TV Cultura, e se forem os antigos sendo reprisados são melhores ainda. É uma pena que a garotada de hoje parece que já nasce alienada nos conceitos mais novos de desenhos animados e acaba saciando a vontade e o tédio com desenhos e animes que implicam em violência, ao invés de diversão pura e sadia, com conceitos e valores aceitáveis.

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